Me iludo em achar que só, sofro de amores desfeitos. Não me
lembrava dos poetas, escritores que morreram de amor, ou os cantores que
compuseram lindas melodias para alguma persona.
Os grandes pintores acabaram congelando este momento inoportuno em
admiráveis obras e os escultores esculpiram a semelhança do seu órgão desfalecido.
Definida por dor física-mental,
por esta amadora escritora a quem vos fala, não é possível reproduzir este doce
sentimento dilacerado. Não se torna algo palpável, nem assimilável, sem cheio,
tom ou cor (sinônimo de invisível).Mas finalmente se reflete para fora, me
decompondo, me frustrando, com lembranças que brincam diante de meus olhos
,sendo difícil controlar as vontades de minha consciência, contra a MINHA
vontade me torno uma masoquista pensante.
Acredito na minha sorte, de sentir este malefício...no final
ainda posso sentir algo.
Mesmo para este tumor maligno e fictício existe uma cura: O
tempo.
A mão que segura a minha em diante, o grande corpo que gera
calor contra o meu ,o conforto que apaga minhas lembranças mais dolorosas. O
medicamente mais eficiente inventado pelo homem me traz alegria a cada dia, ao
perceber que o SOL ainda brilha.